segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sumária Mente

a carne é que morre, mas é o espírito, dado como imortal, que teme o fim da matéria, sendo que esta é a única que respeita o tempo sem reivindicar sua eternidade.

o espírito é o parasita da carne.

mas a matéria é eterna porque ela é processual. é hermética.
a alma é egoista e só aceita sua existência quando unida a carne.
e assim o ser humano é refém de seus caprichos.

somos hipócritas, porque burlamos o que realmente somos (o instinto) com as filosofias redentoras da utopia humana (a alma).

salvar uma vida não quer dizer nada.
ninguém vai mudar o mundo.
mudar o mundo porque?
pra que?
pra onde?

isso não é triste, nem alegre.
isso são apenas palavras.
e palavras são a priori a negação delas mesmas.
existem para se contradizer e assim contradizer os pensamentos, os princípios, os ideais.

o ser humano vive na redoma das numenclaturas e simbologias.
e são elas que possibilitam a existência.

nada precisa ser mudado, porque tudo é do jeito que tem que ser.


não estou sendo nem otimista, nem pessimista, nem realista, estou apenas sendo.
no mais próximo dos casos, niilista.
como todos somos na essência.
(odeio frases de umbigo, mas tenho que fazer jus a condição de ser humano)


[não diga: "eu te amo". apenas não diga nada]



enquanto isso: esperando o preço dos homens

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