terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Sentimental Mente


não te garanto o amor de amanhã.
amar é presente do agora.

no mais, a chuva varre a cidade sem pretensões.


enquanto isso: see you soon - coldplay

sábado, 19 de dezembro de 2009

Sobria Mente


no final somos infiéis,
a morte sempre nos trairá.

e a certeza da efemeridade da vida é insustetavelmente viril.


enquanto isso: coldplay e hermann hesse.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Sincera Mente



à ascenção carnal e espiritual dos pseudo-sartreanos auto-depreciativos, a minha quase condescedência.

e Deus ainda é o apêndice do homem.

enquanto isso: de uns tempos pra cá - chico césar

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Suncita Mente



como a concorrência pra ser poeta escrevendo muito está muito alta,
resolvi tentar me aparecer com pouco.

(intenção eterna do poeta = reinventar o piegas)


enquanto isso: caetano veloso - etc.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Simples Mente



a vida é mesmo efêmera.
tentar entendê-la apenas pelo princípio da razão é muito pouco.
abstrai-a-si.

enquanto isso: chris garneau - baby's romance

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sem(i)Ótica


sobre o caos...
e agora?

pergunte a borra da vela
onde ela guardou as lágrimas
no fundo do vão
ou no eco das montanhas?

a ilusão já não sabe o que é o sal
nem o sol segue mais a alusão
o calor vem dos signos
assim, sutil-mente, berra o nada.


enquanto isso: lenine - quadro-negro

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Sonhos não envelhecem



eu que cansado do mundo estava
resolvi ser astronauta
só pra fazer (a)lógica.

enquanto isso: flávio venturini - clube da esquina nº 2

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Some(times)

Depois de arrumar a casa
Pensei em suicidar palavras
Pro meu pos-mortem
E aqui estão, sem pretensões
Apenas como prelúdio óbvio


Por hora, a felicidade convém
Não mais que (só) isso
Aprendi a esquecer
Pra ficar mais sereno
Fardo pouco, também é muito.


(enterre-me-isso onde quiser. morrer já é tão sem sentido)


enquanto isso: radiohead - Sit Down. Stand up.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Poemas a toda hora


Diálogo

_Cadê o açucár?
_Escondido atrás das bananas.


enquanto isso: caetano veloso - o estrangeiro

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Sun-day again



Diálogo

_ I think that when I am happy, I like to write in enghish (as now!), cuando estoy triste, me gusta escribir en español e quando pessimista, em português.
_ Então pratique mais o inglês.
_ No. A mí me gusta mas el español.
_ Sabe o que eu mais gosto? De você.
_ Mas eu não sou uma língua. Eu sou carne.
_ E língua é feita de que?


enquanto isso: emiliana torrini, ervilhas às 5:30 e cão que amava trens.

domingo, 4 de outubro de 2009

Sofrer é viver



se não é da eterna convulsão temerosa do pensamento
que emerge nossas definições e sofrimentos
derivados de uma mediocridade ímpar e plural
já é tão-somente-só irrelevante falar sobre a inquietude do ser
quiçá do saber do mesmo pelo mesmo
as horas são resumos do acaso postulados em códigos
que nos remetem sempre a perda de tempo
nos mais, se vive de suco de polpa de manga
com pizza de mussarela da promoção
arranjados ao meio-dia de um domingo lúcido
bem incomum a esse período semanal quase que festivo
em sua idiossicrasia, entrentanto não muito vislumbrado.
é muita (vida) pra uma (coisa).

(silêncio pleno da alma aqui.)


enquanto isso: tio arthur, tio josué e tio santiago.

domingo, 27 de setembro de 2009




zev amu arE
oirártnoc od res
etnerefid res ós
.zev-lat


dlrow eht dlos ohw nam ehT - anavriN :ossi otnauqne

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

So...


people man, people.


enquanto isso: radiohead - 2 + 2 = 5

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

The First Letter





Estado de espírito: sonhando com teu cheiro.
Acaso sem nome: café com leite em noites.
Desejo vil: torna-me panos.
Palavras sonsas: eu te amo!

Falo do agora como findo o pra sempre
Sinto-me latente de versos e encanto
De certo já tenho meu atestado
Daquele que usa as roupas do amor
Pra distroçar o medo das indecisões
E sabe aquele instante
Aquele mesmo
Só ele
Em que nos vimos sem nos ver?
Nos tocamos sem sentir?
Nos calamos com voz gritante?
Pois é
Eis o momento que me persegue nas horas
Que me envaidece e me embriaga
Sem ao menos saber se devaneiando estou
Ou descalço ao meio fio chorando de feliz
São músicas randômicas em si
São gestos de afeto ímpar no travesseiro
São mãos que se indagam sem cais
São ardores que me fogem a pele
E ganham o mundo
O nosso mundo
Nosso risco no horizonte belo da conquista
Que uma dia será o lugar do repouso
Para nós e para o que nos assusta
Tentei achar adjetivos pra ele
Mas nem sequer um nome eu o dei
Quando me perguntam se ele existe
Você sabe o que responderei sempre:
"Não acredito. Mas ele existe"
E me move
Posso até dizer que me empurra
Da beira do abismo quiçá
Pra que eu aprenda a voar
E saber que minha mão está presa
Em outra que sei onde pode me levar
Do firmamento que contemplaremos
Embaixo de árvores roxas e amarelas
Ao acaso que nos rege
E que brincará eternamente com nossos risos.

(Pequena Carta em Fá Menor)